quinta-feira, 31 de março de 2011

Deus não nos deve nada!


Por Marcello Comuna



“Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: ‘Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever’”.

Pesado, né? Eu sei que é! Mas esquadrinhe no fundo de sua alma e responda para você mesmo se não há esse senso de cobrança com o Pai. Por isso que o Senhor nos alerta o qual corrupto é o nosso coração.

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jeremias 17:9

A primeira pergunta que um homem, um cristão piedoso e fiel faz quando uma tragédia o sucede é: “Por que Senhor, eu lhe sirvo com tanto zelo?” A cobrança sai por osmose.

Imagine a seguinte cena. Estamos na minha casa, eu estou lhe recebendo para um jantar com minha família. Você é um ateu, e eu estou investindo para que você se salve. Minha esposa e minha filha estão conosco sentadas à mesa. No meio da refeição, bandidos armados invadem a casa e nos tomam por reféns. Vizinhos que viram os criminosos entrando chamam a polícia. Minutos depois a casa está cercada e o terror instalado. Os marginais alucinados entram em negociações com a polícia, fazem exigências, mas os policias não atendem. Revoltados, resolvem matar alguém para mostrar que estão falando sério e não tem nada a perder. Eles olham para você e decidem te matar. Eu intervenho. Inutilmente. Eles querem matar você.

Você pede clemência, desesperadamente alega que tem uma família, filhos. Em um momento de desespero eu me ofereço em seu lugar pois sei que em Cristo estou salvo, mas diabolicamente os bandidos propõem: Ou ele ou sua filha! É nesse instante, que eu, tendo certeza da salvação dela pela inocência dos seus cinco aninhos, e de sua condenação eterna por estar sem Cristo e longe dos seus mandamentos, que eu tomo a decisão mais difícil da minha vida. Entrego minha filha no seu lugar para que você tenha mais uma chance, para que você não pereça eternamente no inferno. A arma dispara e o impacto da bala arremessa o corpo dela sobre você, ela morre nos seus braços e você tem o sangue dela em suas mãos.

Agora responda sinceramente. Você, enquanto vida tivesse, teria coragem de me cobrar mais alguma coisa na vida? Por mais que você me honrasse com dinheiro, com homenagens, com subserviência, com obediência e louvores. Você teria coragem de me pedir algo mais?

Então por que você ainda acha que Deus te deve alguma coisa?

Você não teria por mim um eterno sentimento de gratidão impagável? Toda vez que você pegasse seu filho nos braços, você não se lembraria que uma inocente morreu para que vocês tivessem mais uma chance de permanecerem juntos?

Se você ainda acha que Deus te deve alguma coisa, você não entendeu nada sobre o sacrifício de Jesus Cristo.

Olhemos para o alvo, sabendo que no fim receberemos a coroa da vitória!!
Paz a todos.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Sob Pressão

Esse texto é um testemunho que o Carlos Moreira, escritor do Genizah compartilhou com os leitores. Achei muito bom e compartilho aqui com vcs!!



A semana passada estava em São Paulo a trabalho. Num dos compromissos que tive, visitei o diretor de uma grande multinacional da área de telecomunicações.

Depois de uma rápida espera, fui recebido. “Tenho pouco tempo”, disse-me logo na partida. Conversamos rapidamente. Falei sobre o que havia programado e, de súbito, minha abordagem foi interrompida – “esta semana demiti 14 pessoas. Disseram-me que não vai haver reposição, pois trata-se de redução de custos. Tenho de fazer mais com menos. Não estou dormindo bem nem me alimentando adequadamente...”.

Após um silêncio desconfortável, voltamos à tratativa original... Terminei a abordagem. Ele agradeceu, disse que ia analisar e retornaria. Eu, contudo, saí daquele lugar com duas certezas: (1) aquele homem não vai comprar o que eu fui vender; (2) estive por alguns minutos diante de uma das pessoas mais angustiadas de toda a minha vida.

Sob pressão. As pessoas estão sob forte pressão. Lembrei da famosa música da banda inglesa Queen “Under Pressure”. Ela foi composta em 1981, no auge da guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética. Naquela década, o “conflito camuflado” ganhou contornos mais fortes por causa do aumento da corrida armamentista, motivada, sobretudo, pelo projeto “guerra nas estrelas” do Presidente Reagan.

A tensão daqueles dias era enorme. Numa das frases da canção podia-se ouvir: “É o terror de saber a que ponto chegou o mundo. Observo alguns bons amigos que estão gritando: "deixe-me sair!”. Pensei comigo mesmo: era este o sentimento daquele homem com quem estive a pouco. Ele estava tentando me dizer: “deixe-me sair”.

Também tenho vivido dias difíceis... Às vezes acho que não vou suportar. É pressão de todos os lados. Em qualquer direção para onde me viro, há algo me “comprimindo”. O apóstolo João dizia em seu tempo: “os dias são maus”. Talvez, se vivesse hoje, diria: “os dias são insuportáveis”.

Questão: o que fazer para lidar com isto? Pressão de todos os lados. Pressão de ter de ser o melhor, o mais rápido, o que vende mais, o que chega primeiro, o que tem as melhores idéias, o que bate primeiro as metas, o que consegue mais clientes, o que gera mais resultados, o que tem a melhor formação, o que é mais competente... Me diga, com sinceridade, dá para suportar?

O que sei é que eu já vivi o suficiente para saber o que a pressão gera nas pessoas. Além de gastrite, insônia, ansiedade, desconforto torácico, dores abdominais, boca seca, dor de cabeça, dentre outros sintomas, a pressão gera dois problemas perigosíssimos para a fé: a auto-suficiência e a alienação. O primeiro trata da ilusão de acharmos que nós é que fazemos tudo acontecer, que os resultados são fruto apenas de nosso esforço. O segundo nos leva a crer que a existência é uma corrida de cem metros, que o importante é como você começa, e não como você termina, que as coisas são como são, que tudo se restringe ao aqui, ao agora, a este mundo, as realidades tangíveis, mensuráveis e concretas. Tudo engano... Tudo falácia...

Em sua carta aos Filipenses, Paulo nos apresenta dois remédios para estes males. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus”. Fp. 4:6-7.

Para destruir nossa auto-suficiência ele nos recomenda orar. Na verdade, fala de orar intensamente, suplicar. A oração é o reflexo de um coração que aprendeu a depender de Deus, que sabe que a vida não é ganha no “muck”, no braço, no talento ou na inteligência. Lembrei de Bill Hybel e o seu livro “Ocupado Demais para Deixar de Orar”. Sim, quem está no meio de uma grande luta, debaixo de intensa tribulação, como bem disse Rick Warren, não se dará ao luxo de ficar relaxado, despercebido, anestesiado. Não. Ele vai dobrar os joelhos e buscar a Deus com o mais íntimo de sua alma, ele vai derramar toda ansiedade e toda inquietação sobre aquele que pode apaziguar suas guerras e lhe dar quietude no ser.

A outra coisa que Paulo nos ensina é sobre viver em paz. Ele fala da paz que vence o entendimento. Trata-se, na verdade, do desafio de viver de forma diferente, baseado em princípios mais elevados. Veja o verso 8: “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama...”. São estes valores que nos ajudam a suplantar as sistematizações e racionalizações as quais estamos expostos, pois eles nos alçam para além das circunstâncias, nos dão tranqüilidade mesmo em meio aos fatos mais negativos e perversos do cotidiano.

Quando saí daquela empresa e entrei no taxi para voltar ao escritório, fiquei pensando que certamente o que aquele homem precisava naquela tarde não era ouvir o discurso de um executivo de tecnologia, mas escutar uma palavra acalentadora de um discípulo de Jesus Cristo


CARLOS MOREIRA
Fonte: http://www.genizahvirtual.com/

terça-feira, 15 de março de 2011

A Palavra de Deus é como…



Fogo


“Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: ‘Porque falaram essas palavras, farei com que as minhas palavras em sua boca sejam fogo,e este povo seja a lenha que o fogo consome’.” (Jeremias 5.14)


Espada

“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração.” (Hebreus 4.12)


Martelo

“Não é a minha palavra como… um martelo que despedaça a rocha?” (Jeremias 23.29)


Semente

“Vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente.” (1 Pedro 1.23). Em uma de suas parábolas, Jesus disse: “A semente é a palavra de Deus.” (Lucas 8.11)


Leite

“Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação”. (1 Pedro 2.2)


Alimento

“Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça.” (Hebreus 5.12,13)


Luz

“A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho.” (Salmo 119.105)



Espelho

“Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência. Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer.” (Tiago 1.23-25).



Deus é fiel à sua Palavra, e aqueles de nós que se colocam no curso dessa obra perpétua são beneficiados continuamente.

quinta-feira, 10 de março de 2011


Como professor de Bíblia e teologia a serviço de uma organização evangelística, tive a oportunidade de ouvir muitos testemunhos pessoais. Durante esses 26 anos de trabalho no Instituto Bíblico Palavra da Vida nos EUA, impressionou-me a quantidade de alunos que, apesar de terem nascido num contexto familiar de crentes em Cristo, só vieram a crer em Jesus bem mais tarde em sua vida. O assunto ressoa mais forte aos meus ouvidos, porque essa também foi a minha história. Eu nasci em Halifax, Nova Escócia, numa família de crentes consagrados a Cristo. Porém, à semelhança dos antigos israelitas, eu lutava com o problema da incredulidade.

Não consigo me lembrar de uma única vez em que eu, meus irmãos e minha irmã não estivéssemos vestidos, penteados e prontos para nossa caminhada dominical rumo à igreja, a fim de participar de um dos cultos. E lá íamos nós para a igreja. Além disso, o papai, não satisfeito de participar de todos os cultos de nossa igreja, sempre que havia algum culto especial em outra igreja levava a família toda.

Ficamos sem carro durante muitos anos e para mim era uma tortura perder a melhor parte dos meus domingos numa caminhada de 20 ou 30 minutos para a igreja. Finalmente, quando conseguimos um carro, a minha alegria durou pouco. Meu pai começou um ministério de transporte com ônibus, numa época em que isso ainda não era comum nas igrejas. Nós passávamos de ônibus para pegar as pessoas em nosso trajeto para a igreja e, em seguida, o papai ainda fazia algumas viagens adicionais para transportar mais famílias para o culto. Com isso, tínhamos que sair de casa mais cedo do que antes, quando íamos a pé.

Mesmo conhecendo o Evangelho, algumas pessoas escolhem outros caminhos, como o álcool, que destroem famílias e despedaçam vidas.
Como professor de Bíblia e teologia a serviço de uma organização evangelística, tive a oportunidade de ouvir muitos testemunhos pessoais. Durante esses 26 anos de trabalho no Instituto Bíblico Palavra da Vida nos EUA, impressionou-me a quantidade de alunos que, apesar de terem nascido num contexto familiar de crentes em Cristo, só vieram a crer em Jesus bem mais tarde em sua vida. O assunto ressoa mais forte aos meus ouvidos, porque essa também foi a minha história. Eu nasci em Halifax, Nova Escócia, numa família de crentes consagrados a Cristo. Porém, à semelhança dos antigos israelitas, eu lutava com o problema da incredulidade.

Não consigo me lembrar de uma única vez em que eu, meus irmãos e minha irmã não estivéssemos vestidos, penteados e prontos para nossa caminhada dominical rumo à igreja, a fim de participar de um dos cultos. E lá íamos nós para a igreja. Além disso, o papai, não satisfeito de participar de todos os cultos de nossa igreja, sempre que havia algum culto especial em outra igreja levava a família toda.

Ficamos sem carro durante muitos anos e para mim era uma tortura perder a melhor parte dos meus domingos numa caminhada de 20 ou 30 minutos para a igreja. Finalmente, quando conseguimos um carro, a minha alegria durou pouco. Meu pai começou um ministério de transporte com ônibus, numa época em que isso ainda não era comum nas igrejas. Nós passávamos de ônibus para pegar as pessoas em nosso trajeto para a igreja e, em seguida, o papai ainda fazia algumas viagens adicionais para transportar mais famílias para o culto. Com isso, tínhamos que sair de casa mais cedo do que antes, quando íamos a pé.

Mesmo conhecendo o Evangelho, algumas pessoas escolhem outros caminhos, como o álcool, que destroem famílias e despedaçam vidas.

Seria ótimo se eu pudesse justificar a minha rejeição do Evangelho, alegando que nunca me fora pregado, mas esse não era o caso. Culto após culto, eu pude ouvir as verdades simples do plano da salvação: a de que eu era um pecador perdido e que Jesus é Deus, o qual vindo ao mundo, levou sobre Si os meus pecados e recebeu o castigo em meu lugar a fim de me libertar da condenação e perdição eterna.

No começo, eu ia à frente, na hora do apelo do pregador, para aceitar Jesus como meu Salvador, pelo menos uma vez por mês. Mas parece que nunca isso, de fato, acontecia. Eu era tão velhaco que tinha plena consciência de que meu relacionamento com Deus era péssimo. Parece que nunca me convertia; na verdade, eu nunca tinha nascido de novo em Cristo.

Como muitos dos testemunhos que ouvi, eu simplesmente me tornei cada vez mais frio em relação ao Senhor. Passei a odiar a Fé Cristã e tudo o que ela significa. Quanto mais eu tentava ser bom e agradar a Deus, mais eu falhava. A incumbência dava a aparência de ser pesada demais e os benefícios pareciam mínimos, se é que existiam.

Quando cheguei à adolescência, minha vida entrou “em parafuso” e virou um caos. Saí de casa; me envolvi com o mundo das drogas; e não demorou muito para que eu ficasse desempregado, sem teto, perambulando pelas ruas de Toronto.


Uma Escolha Quase Fatal

Ainda fico intrigado com o fato de que uma pessoa pode ser criada com todas as oportunidades que eu tive e, mesmo assim, rejeitar o Evangelho. Como é que eu não entendi isso antes? Eu vi o que o álcool fizera com outras famílias. Tive contato com lares destruídos e vidas despedaçadas. Eu fui testemunha da maneira pela qual Cristo fizera a diferença em nosso próprio lar; no entanto, misteriosamente nada disso me tocava.

O apóstolo Paulo, de igual modo, estava pasmado com a atitude de Israel:

“Porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!” (Rm 9.3-5).


O Fator Fé

No Novo Testamento o meio de salvação é o mesmo identificado no Antigo Testamento: Fé. Ao escrever no Novo Testamento, o apóstolo Paulo demonstra sua convicção de que o propósito da mensagem central do Pentateuco era o de distinguir entre uma salvação centrada no homem e uma salvação centrada em Deus.

A incredulidade é um senhor cruel. Ela não promete nada, muito menos liberta; exige o pagamento de tudo, mas nunca entrega o que foi comprado.

A cidade de Jerusalém está edificada sobre uma montanha de dois cumes: um dos cumes é o monte Sião e o outro é o monte Moriá. Em 2 Crônicas 3.1 temos a seguinte informação: “Começou Salomão a edificar a Casa do Senhor em Jerusalém, no monte Moriá”. Esse é o monte onde as Escrituras dizem que Abraão finalmente entendeu e temeu ao Senhor: “Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho” (Gn 22.12).

Moriá foi o lugar da maior prova e da maior vitória de Abraão pela fé. Abraão, em sua disposição de sacrificar seu filho Isaque, colocava a promessa de Israel sobre o altar. Portanto, Moriá simboliza a fé e, por razões óbvias, passou a ser o local do estabelecimento do templo, a saber, o centro espiritual de todo o povo de Israel e o lugar onde Israel adoraria o seu Deus.

Entretanto, ao fazer suas declarações mais categóricas sobre o papel da fé na salvação, o apóstolo Paulo recorre ao livro de Deuteronômio. Em Romanos 10.6-8, Paulo fez citações de Deuteronômio 30:

“Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos. Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”.

Existe um caminho melhor; um caminho tão próximo quanto o coração e os lábios, e que não requer pagamento humano de nenhuma espécie; um caminho que Abraão trilhou, Moisés ordenou e Paulo pregou: a obediência decorrente da fé.

O texto de Deuteronômio 30 foi escrito para fazer um contraste com o capítulo 29 que começa com uma assustadora declaração ao Israel descrente: “Porém o Senhor não vos deu coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje. Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália” (Dt 29.4-5).

Na seqüência, o capítulo 29 prediz os futuros fracassos de Israel e seus decorrentes castigos. Contudo, Deuteronômio 30 apresenta uma mensagem absolutamente diferente, uma mensagem de esperança e fé:

“Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires” (Dt 30.11-14).

O mandamento ao qual Moisés se referiu nesse texto não era a Lei recebida no monte Sinai. Os israelitas nunca conseguiriam cumprir essa Lei. Moisés lhes falara acerca disso em boa parte do capítulo 29. Esse mandamento ordena que a pessoa creia, um mandamento personificado pelo exemplo de Abraão no monte Moriá.

A incredulidade é um senhor cruel. Ela não promete nada, muito menos liberta; exige o pagamento de tudo, mas nunca entrega o que foi comprado.

Contudo, existe um caminho melhor; um caminho tão próximo quanto o coração e os lábios, e que não requer pagamento humano de nenhuma espécie; um caminho que Abraão trilhou, Moisés ordenou e Paulo pregou: a obediência decorrente da fé.


O Dia em Que “Funcionou”



“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”

(Mt 18.3).

Eu não posso afirmar o que havia de diferente naquele dia chuvoso e frio de novembro de 1969. Eu ainda me drogava e continuava tão rebelde e rancoroso como sempre fora. Meu pai viera de Halifax à minha procura e nós estávamos dentro do carro, estacionado numa rua mais tranqüila.

Aparentemente nada tinha mudado. Porém, naquele dia o meu coração estava diferente. Quando meu pai me perguntou se eu queria receber a Cristo em minha vida, meu coração e lábios disseram: “sim”. Eu não hesitei, nem titubeei em tomar a decisão. Parecia óbvio. Foi naquele dia que me tornei crente em Jesus Cristo.

Acho que eu sempre conhecera o Evangelho e talvez sempre o aceitara de uma forma intelectual. Todavia, como no caso dos filhos de Israel que comeram o maná providenciado por Deus e caminharam sobre sandálias que não se desgastaram no deserto (veja Dt 29.5), o Evangelho nunca fizera diferença em minha vida.

Naquele dia, ao lado de meu pai, eu estava pronto a concordar com Deus sobre a minha condição e sobre a provisão que Ele fizera para mim. Trata-se daquela fé semelhante à de uma criança da qual Jesus fez menção ao dizer: “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mt 18.3).

Para nós a salvação saiu de graça, mas para o Messias o custo foi incalculável. Além disso, a salvação nunca está distante e inacessível; sempre está disponível a todo aquele que, neste exato momento, se disponha a crer. Entre qualquer um de nós e a salvação eterna não existe nenhum impedimento que se interponha, exceto um coração descrente. (Marshall Wicks - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br/)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Testemunho emocionante de uma norte coreana

O vídeo abaixo mostra a historia real de uma jovem norte coreana e a triste realidade dos cristãos que vivem em paises intolerantes ao evangelho. Mesmo em meio a dor de ter perdido sua família, ela não desiste de sua fé e esperança em Deus. Recomendo que assistam até o final!!






"Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,  Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados." (Hb 11:34-40)