Os fatos reais que você lerá abaixo (se assim quiser)
sobre os
camponeses chineses que se converteram ao cristianismo, é uma daquelas
histórias que escancaram ao mundo o quanto certas igrejas ditas “evangélicas”
no Brasil estão distantes de Cristo ao pregarem um “evangelho” deturpado que só
vê sentido na riqueza e na prosperidade.
No blog Hao Hao Report,
uma pessoa que se identifica como Tom conta a sua experiência com camponeses
chineses que se converteram a Cristo. Com o perdão do mau trocadilho, não é de
bom tom dar o nome real quando se trata de ser cristão na China, já que a
perseguição oficial é feroz.
Tom relata que visitou uma igreja humilde numa pequena vila da distante
zona rural chinesa, em que os habitantes lhe contaram como suas vidas mudaram
ao se converterem a Cristo.
Uma senhora disse que, antes de se tornarem cristãos, a vila era
bastante conhecida na região por viverem brigando com seus vizinhos, desde o
nascer até o por do sol. Os forasteiros se assustavam de já poder ouvir de
longe as discussões quando se dirigiam à vila.
“Nós éramos terríveis naquela época”, complementa o testemunho. A
congregação, um tanto quanto envergonhada, assentiu com a cabeça ao relato da
irmã em Cristo. Mais tarde, alguém contou a Tom – mal podendo conter o riso -
que aquela senhora era uma das mais briguentas do povoado.
Tudo começou a mudar quando uma das atuais irmãs conheceu um pastor
chinês do vilarejo vizinho e se converteu. A partir daí, os seus vizinhos viram
como ela estava feliz e quiseram se converter a Cristo também.
O resultado foi que hoje quase todos os habitantes da vila são cristãos,
e nunca mais houve briga entre eles, tendo inclusive recebido um prêmio do
governo local por viverem e trabalharem num lugar tão harmonioso.
Entretanto, há outras mudanças que lembram uma comédia pastelão de mau
gosto. Pelo fato de viverem numa montanha alta e íngreme, não havia estrada
para transitar, e eles desciam os caixões com seus defuntos por uma corda, o
que provocava, de vez em quando, que os caixões se abrissem e os corpos
rolassem precipício abaixo, o que era sinal de profunda má sorte para a
família.
Hoje, eles não fazem mais este tipo de gambiarra macabra nos funerais,
principalmente porque desde que se converteram, sentiram a necessidade premente
de se facilitar o acesso dos moradores às suas reuniões cristãs.
Naquela época, levava algo em torno de 6 horas para que os irmãos e as
visitas chegassem à pequena capela que os congregava. Era muito difícil e
perigoso chegar lá.
Foi aí que Tom entrou na história, ao saber da situação e contatar uma
organização cristã para ajudar a solucionar o problema. Essa organização firmou
parceria com o governo local para financiar a construção da estrada, mas seria
necessária a participação dos moradores num mutirão para baratear os custos do
projeto.
Ainda que naquele começo de vida cristã, eles ainda tivessem um
resquício de brigas e discussões que – entretanto - não mais minavam a
solidariedade, o fato de terem que trabalhar pesado na lavoura de sol a sol os
impedia de trabalhar no mutirão, até que uma mulher com apenas um braço pegou
um balde e começou a trabalhar na estrada.
Quando os outros moradores viram que uma senhora deficiente física
queria trabalhar, não tiveram mais desculpas para se negar ao mutirão. Nesse
ponto, a emoção coletiva leva tanto a mulher como a congregação a chorar
enquanto relatam a Tom o que aconteceu.
A estrada, obviamente, não ajudou somente as pessoas a irem à igreja,
mas lhes permitiu o acesso a produtos como alimentos e remédios, além de
poderem escoar sua produção de maneira mais rápida e barata, o que eles
entenderam como bênçãos de Deus à vila recém-convertida.
Como a imensa maioria dos habitantes do povoado é composta de
analfabetos, fica difícil para eles entenderem o evangelho e os ensinos
bíblicos, mas uma das irmãs da igreja, por exemplo, tratou de pedir ao seu
marido que ele lesse a Bíblia a fim de que ela pudesse memorizar a maioria dos
textos importantes.
O marido de outra irmã se esforçou ainda mais para que ela aprendesse a
ler. Toda noite ele copiava um versículo em ideogramas chineses bem grandes
para que, enquanto ela lavrasse a terra no dia seguinte, pudesse aprender a ler
o cartaz com o verso, ideograma por ideograma, pregado nas costas do boi que
estava puxando o arado. Hoje ela é uma das líderes da igreja.
Desta forma, ainda que a maioria dos irmãos não saiba ler até hoje, todos
eles podem ter acesso à Bíblia de uma maneira ou outra, além de passarem um
tempo extra aprendendo os hinos do dia antes de cada culto.
Já que vivem relativamente isolados, os lavradores cristãos chineses
tiveram poucos problemas com o governo comunista. Certa vez, por exemplo, um
deles escreveu cartazes contra a vinda de prostitutas ao lugarejo, e alguém
denunciou à polícia comunista que ele estava promovendo agitação contra o
governo.
Ao ser procurado pelos policiais, entretanto, o irmão percebeu
rapidamente que estava sendo vítima da fofoca de alguém que não gostava dele
pelo fato dele ser cristão, e que a polícia oficial nem sabia o que estava
escrito nos cartazes.
Ao contar a eles o que exatamente dizia cada cartaz, os policiais
ficaram envergonhados por terem sido pegos numa denúncia falsa, e lhe
asseguraram que não iam mais molestá-lo.
Esta é a maneira simples na qual vive uma comunidade cristã na zona
rural chinesa, buscando o bem coletivo, muito diferente de gente do outro lado
do planeta que vive “tomando posse” e “determinando” coisas atrás de dinheiro
para satisfação única e exclusiva do seu ego, e há muito tempo, infelizmente,
não sabe o que é botar a mão no arado para Jesus (Lucas 9:60).
Na paz daquele que está voltando!!
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